Nasci em 1977, no ano do punk, mas nunca gostei de grandes confusões. Vivi metade da vida em Leiria e a outra metade em Lisboa, com um salto a Macau pelo meio. Aprendi a ler e escrever aos 6 anos e desde então não faço outra coisa. Estudei Ciências da Comunicação e entrei no jornalismo pela porta da cultura e das artes. Escrevi sobre música no jornal Blitz, sobre comida na revista Time Out Lisboa e depois mudei-me para o mundo dos livros, onde pratico caça ao erro e tiro à gralha. Gosto de palavras, do som que fazem ao sair da boca, da forma como se podem moldar com as mãos — e do incrível poder que têm para fazer rir, sentir e pensar. Adoro viajar, dentro dos livros e fora deles. Mas não consigo passar muito tempo longe do mar, nem dos meus seres humanos preferidos. Sou curiosa e nunca saí da idade dos porquês. Acho que o mundo seria um lugar mais triste sem os surrealistas, sem abraços apertados e sem chocolate.
Catarina Sacramento
- Tradutora e revisora